quinta-feira, 3 de março de 2011

Monteiro Lobato...

Fato: Monteiro Lobato não era racista! Monteiro Lobato era muuuuuuito racista. Porque digo que é fato? Porque ele se dizia um! Era racista confesso! Eugenista de formação! Em cartas e artigos publicados, portanto documentos para posteridade, dizia que o "atraso" e "feiura" do povo do Brasil se devia à "mácula" do africano trazido para cá. Mais, chegou a elogiar a iniciativa dos brancos do sul dos Estados Unidos por criarem a Ku Klux Klan, grupo de racistas que linchavam negros norte-americanos.

Sendo ele escritor, óbvio e ululante que esse "traço de caráter" se refletiria em suas obras. Pois bem, o Conselho Nacional de Educação orientou, (ORIENTOU) o MEC, Ministério da Educação, a não utilizar o livro "Caçadas de Pedrinho" como material curricular da rede pública de educação, por se tratar de uma obra que fere os direitos humanos, já que retrata o negro pejorativamente. Esse viés pejorativo é representado na personagem Tia Anastácia. (Para saber mais sobre o caso, e os trâmites, veja a postagem de título "Do Mestre!").

Pra que... A mídia, controlada pela elite branca do nosso Brasil-sil-sil-sil varonil disse que se tratava de censura, que era patrulha do politicamente correto, que Lobato é isso, é aquilo...

BABOSEIRA !!!!!

Monteiro Lobato era um racista interesseiro. Escreveu o que provavelmente é o maior manifesto a favor do racismo da história da literatura brasileira, o livro "O Presidente Negro". Escreveu esse livro com vistas ao mercado norte-americano, de olho nos dólares. O livro era tão racista, mas tão racista, que era pesado demais até para o mercado norte-americano, isso na década de 50, com segregação e tudo! Quando deu com os burros n´água, não conseguindo vender o livro para nenhuma editora, escreveu à um amigo dizendo que "devia ter mostrado esse livro à eles na época em que linchavam os negros...".

Nas obras "infantis" de Monteiro Lobato, os personagens negros são sempre retratados como subservientes, submissos (Tia Anastácia), preguiçosos (Tio Barnabé), desonestos (Saci) e todos, todos eles são muito menos inteligentes do que os animais (que embora animais, como porcos ou burros, falam um português corretíssimo, ao contrário dos personagens negros), do que uma boneca ou que uma espiga de milho (que aliás, é intelectual...). Ou seja, qualquer brinquedo ou bicho é melhor do que os negros. O que reflete a idéia que Lobato tinha de nós.

Não se trata de censura, portanto, impedir que o governo permita que o material de pessoa tão abjeta chegue às mãos de nossas crianças com dinheiro do contribuinte. Censura é se pedíssemos que as obras desse camarada fosse retirada das livrarias... Não foi o caso! Quem quiser, pode ir à qualquer livraria ou biblioteca e se empanturrar com as "obras" do racista em questão. Faça com seu dinheiro, problema seu. O que não se pode é impedir o MEC de exercer seu poder regulador, e proteger as crianças desse tipo de exposição. Porque, se racismo pode, pornografia e violência também podem! Vamos distribuir Playboy na aula de Ciências e Mortal Kombat na aula de informática! Eu sou contra a censura, acho que tem que continuar vendendo Playboy, Mortal Kombat e Caçadas de Pedrinho, mas não dá pra distribuir nada disso em escola pública, bancado por nós!

Pois bem, isso posto, nas últimas semana, o assunto voltou à tona porque o cartunista Ziraldo foi convidado à ilustrar o abadá, ou camiseta, ou coisa que o valha para um bloco de carnaval chamado (desculpem...) "Que Merda É Essa?". Na ilustração, Monteiro Lobato está abraçado com uma mulher negra (negra, porque eu posso até escrever "merda" nesse blog, mas me recuso a escrever mulá-vocêsabeoquê!), com pouquíssima roupa, toda sorridente pro escritor racistão que a está abraçando. Segundo o cartunista, a ilustração veio para "acabar com a polêmica, já que somos um povo afetuoso, sem ódio, e que racismo sem ódio, não é racismo". Pois é... Ziraldo, um dos fundadores do Pasquim, conhecido por sua luta contra a ditadura militar, por ser esquerdista, progressista, portanto, de acordo com lutas sociais, com Direitos Humanos, inclusão... Defendendo o racista Monteiro Lobato...

Sabe o que é...? É que Ziraldo é da elite, e é branco. Pronto, isso por si só explica que alguém como Ziraldo manche pra sempre sua biografia identificada com as lutas sociais e populares em nome de um canalha como Monteiro Lobato.

Me lembro que um dia, na casa de Sueli Carneiro, grande filósofa e ativista do movimento negro e feminista, dirigente do Geledés, conversava com o prof. Hélio Santos, economista e companheiro militante, sobre a esquerda e o socialismo, e por aí vai, e ele me disse algo que, nesse caso, se mostra verdadeiro. Ele disse que temos de ter em mente um projeto de inclusão e desenvolvimento da população negra, porque, se vier a revolução, eu continuo negro, se não vier, eu continuo negro. No capitalismo, eu continuo negro, no socialismo, eu continuo negro. Católico, evangélico, umbandista, eu continuo negro. Do PT, do PSDB, no governo, na oposição, eu continuo negro. Então, nossa luta não pode ser pelas divergências, e sim pelo que nos une, nos converge, que é sermos negros!

O que ele quis me dizer, é que nossa luta é nossa, pra nós, por nós. A elite branca entende isso muito bem. O cara pode ser de direita, de esquerda, rico, pobre, patrão, operário, mas quando há a ameaça da supremacia socio-econômica, do fim dos privilégios, a competição de verdade, os brancos se juntam, se unem, brigam juntinhos. Por isso Ziraldo se doeu por Lobato. Porque quer que tudo continue como está!

Que os negros fiquem conformados em ver nossas crianças constrangidas e humilhadas ao verem seus iguais fazendo papel de palhaços pra brancalhada aplaudir, como vemos há anos na TV ou na literatura. Sempre que nos levantamos e dissemos "DISCORDO!", tem sempre um branquinho pra dizer que somos revoltados ou que incitamos o ódio. Eles nos querem sempre inofensivos, obedientes, e nos conformando com as migalhas que os Sinhozinhos nos dão... Igualzinha a Tia Anastácia...

Um comentário:

  1. Monteiro lobato depois que li um trecho de um livro não recordo qual ,nunca mas li outra obra desse cidadão inútil.
    Antigamente a pessoa desocupada e com poder aquisitivo sem ter o que fazer escrevia livros pra se dizer útil a sociedade.
    Já vi varias pessoas defendendo esse crápula .
    resumindo em um pais de grande maioria de descendência negra ,nas escolas aprender sobre o estreito de bering ,tratado de tordesilhas e coisas do tipo é cruel com historia .
    ja ouvi professor dizer que Zumbi era um negro rebelde que lutava contra os direitos dos negros e era da discórdia ,na hora quase voei no pescoço dela.
    Tentei argumentar mas valia o que estava no livro ,ela falou que eu tinha razão no que eu estava falando mas a matéria estava no livro .

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